O termo dor inespecífica passa muitas vezes a sensação de insegurança ao paciente, mas não é bem esta a ideia. As dores inespecíficas se encaixam na maior parte das dores de pescoço; o termo inespecífico quer dizer que a dor não vem de uma lesão tecidual, ou seja, não vem de uma hérnia de disco, protusão, fratura, listese, desgaste ou lesão de tecido mole (músculo ou ligamento), obviamente estas devem ser opções descartadas na avaliação.
Após a análise criteriosa do fisioterapeuta as abordagens iniciais devem ser direcionadas para aconselhamento sobre dor e exercícios para recuperação. Em casos de retardo na recuperação o fisioterapeuta pode usar de estratégias de terapia manual combinada à progressão de exercícios. Nos casos que estas abordagens não foram suficientes deve-se analisar a possibilidade de fatores psicossociais estarem afetando a evolução do paciente.
Abordagens como agulhamento a seco, laser de baixa intensidade, eletroterapia, ultra-som, tração e / ou colar cervical não são aconselhadas. O colar cervical é indicado somente quando a dor é muito alta (grau 3), mas com moderação, apenas por um curto período por dia e apenas por algumas semanas.
Jasper D Bier, Wendy G.M Scholten-Peeters, J Bart Staal, Jan Pool, Maurits W van Tulder, Emmylou Beekman, Jesper Knoop, Guus Meerhoff, Arianne P Verhagen; Clinical Practice Guideline for Physical Therapy Assessment and Treatment in Patients With Nonspecific Neck Pain, Physical Therapy, Volume 98, Issue 3, 1 March 2018, Pages 162–171, https://doi.org/10.1093/ptj/pzx118
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Jonas
Fisioterapeuta, formado na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI - campus de Erechim), no ano de 2011, pós graduado em 2020 no curso de fisioterapia em ortopedia e traumatologia pela mesma instituição. Formações em algumas metodologias de terapia manual, métodos de exercícios e prática baseada em evidência.Trabalho em consultório próprio e como facilitador do Curso FBA (Funcionalidade, biologia evolutiva e Antropologia).