Dor lombar é um dos fatores mais incapacitantes no mundo, mas felizmente é bastante incomum antes dos 10 anos de idade. Atualmente os índices batem em torno dos 30% para meninas e 26% para meninos, chegando em 11% o índice de dor lombar crônica.
Geralmente a dor influência em pouco o dia-a-dia do adolescente, entretanto, um pequeno grupo sofre interferência em diversos fatores sociais como aproveitamento das aulas, socialização, prática de atividades físicas e trabalho.
Patologias sérias, mesmo que raras (menos de 1%), devem ser examinadas, para descartar doenças oncológicas, infecções, doenças do sistema imune e inflamatórias.
Quanto à sinais degenerativos nos exames de imagem , são prevalentes em 30% dos adolescentes à partir dos 13 anos e podem ser considerados assintomáticos. Patologias como espondilolistese são raras (6%).
A MAIOR parte dos adolescentes possuem patologias não específicas ligadas à fatores multidimensionais. Alguns fatores são mais crendices que verdadeiramente provocadores como: escoliose (índices iguais de dor em jovens com e sem escoliose), postura (fraco preditor de dor), carregar mochila (somente em casos que o adolescente não é acostumado a carregar peso ou é sedentário).
Outros fatores merecem certa importância: Prática de esportes, muito tempo assistindo TV, privação de sono, tabagismo, álcool, dieta e saúde mental são fatores associados com dor lombar nesta população.
Mesmo sendo mitos já quebrados, por diversas vezes os adolescentes são tratados pelas condições que têm pouca ou nenhuma correlação com sua dor, recebendo um precário direcionamento do tratamento. Se você se interessou pelo material apresentado e quer saber mais como tratar sua dor, ou de alguém que apresenta estes sintomas, entre em contato.
O’Sullivan. P., et. al. Understanding Adolescent Low Back Pain From a Multidimensional Perspective: Implications for Management. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy 2017 47:10, 741-751
About The Author
Jonas
Fisioterapeuta, formado na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI - campus de Erechim), no ano de 2011, pós graduado em 2020 no curso de fisioterapia em ortopedia e traumatologia pela mesma instituição. Formações em algumas metodologias de terapia manual, métodos de exercícios e prática baseada em evidência.Trabalho em consultório próprio e como facilitador do Curso FBA (Funcionalidade, biologia evolutiva e Antropologia).